terça-feira, 1 de maio de 2012

Sangue Quente - Isaac Marion

Sangue Quente
Numero de Páginas: 257 Páginas
Tamanho das letras: Grande
Notas: 4 Estrelas

Quem  viu o post do 3ª chegou já deve saber  que eu não sou muito fã de zumbis. Vamos lá, vampiros são bem melhores que esses mortos-vivos sem vontade e é por isso que eu vivia fugindo deles. Mas Sangue Quente acabou fazendo eu mudar minha opinião ( um pouquinho)  sobre eles. Porque? Vamos ver... 

Ao contrario de muitos autores da atualidade, Isaac Marion não precisou adaptar a mitologia de um ser para conseguir fazer uma boa historia. Os zumbis, nesse livro, continuam a ser do mesmo jeito: nojentos, sedentos por carne humana, com a mesma aparência em decomposição e não são muito bons em raciocinar. 

R. é o nosso protagonista, o narrador desta historia. Ele é um dos poucos zumbis que ainda se lembra da primeira letra de seu nome e que ainda tenta buscar lembranças de sua vida 'passada'. Mas, como os outros da sua espécie, ele ainda tem sua fome por carne humana e cérebro ( a melhor iguaria para eles). E foi indo atrás dessa sua comida que ele acabou mudando um pouco. 

Ao encontrar Julie, R. acaba percebendo que não consegue mata-la, ao contrario, ele se sente impedido a fazer isso, querendo protege-la do perigo que outros de sua especie podem causar a ela. Mas claro que esse instinto não vem do nada, Isaac acaba colocando um bom motivo que explica tudo de forma tão natural para essa mitologia. 

[...]"Comer.                                                                                                                                                                     Ele olha para o nosso grupo novamente  e sente o cheiro que vem do prédio. Os outros estão indecisos. Alguns ficam prestando atenção no cheiro, mas outros são mais decididos como eu. Eles grunhem, babam e rangem os dentes.                                                                                                                          Pag. 26
A historia se passa em um mundo pós-apocalíptico, onde os seres humanos são obrigados a se esconderem em estádios para que assim possam sobreviver a  esse novo mundo. A comida é escassa e a sobrevivência está se tornando cada vez mais difícil

E o livro, mesmo com tudo isso, não é nojento. As coisas parecem naturais, indo em uma velocidade ideal: Não sendo muito apressado e nem muito devagar. Nem mesmo no final, quando as coisas começam a pegar 'fogo' o ritmo ainda continua o mesmo, ajudando o leitor a ficar com uma curiosidade incomum. 

O livro já está sendo adaptado para os cinemas. Eu até que gostei das imagens que eu já vi até agora, só senti falta da roupa normal do R., que aprece ter sido mudada no filme. Mas estou torcendo para que a adaptação seja boa e siga a linha do livro... 

O filme terá sua estreia em agosto desse ano.